Editorial

Momento de reconstrução

São desoladoras as cenas que estamos acompanhando nos últimos dias, principalmente em Porto Alegre, de ruas tomadas por móveis e eletrodomésticos descartados pela população, uma vez que estão completamente inutilizados devido ao avanço das águas nas residências das pessoas. As imagens, que por enquanto só estamos vendo pela televisão, em alguns dias serão o cenário de algumas localidades de Pelotas.

Ainda que o poder destruidor das águas do lago Guaíba tenha chegado com menos força na Zona Sul do Estado, locais como a Colônia de Pescadores Z-3, o Pontal de Barra e o balneário Valverde, no Laranjal, ainda possuem ruas tão alagadas que é impossível acessá-las de forma convencional, caminhando ou com carros de passeio.

Essa é a situação de muitas famílias, como conta a reportagem de Victoria Fonseca, na página 5 desta edição do Diário Popular. Ela traz o relato tanto de pessoas que precisaram sair às pressas de casa, quanto daquelas que tiveram algum tempo para subir móveis e retirar alguns itens de valor. E, nesses dois casos, a incerteza sobre o cenário que os aguarda dentro de casa ainda é grande.

Mais do que isso, a incerteza sobre como será a reconstrução de cada lar também paira sobre os pensamentos de milhares de pessoas espalhadas por Pelotas. A ajuda que começa a chegar dos governos federal, estadual e municipal será importante. Mas também sabemos que os valores, na grande maioria dos casos, serão insuficientes para recuperar tudo aquilo que foi perdido com a fúria do tempo.

Nos dois casos citados na matéria, o sentimento é parecido. Tristeza pela destruição dos lares e a falta de perspectiva de quando poderão voltar para casa. Por outro lado, elas se apegam à solidariedade de amigos e parentes que estenderam a mão neste momento de dificuldade. Solidariedade essa que será necessária mais uma vez quando chegar a hora de iniciar a reconstrução desses lares. 

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